COMUNIDADE CRISTÃ

maio 12, 2008

ESCOLA DE PREGADORES

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 9:36 pm

Já foi dada a largada para as atividades da Escola de Pregadores. Com o objetivo essencial de preparar homens e mulheres que desejam conhecer melhor a Bíblia Sagrada para tornarem-se pregadores do Evangelho da Graça, como foi vivido e ensinado por Jesus de Nazaré. Não se trata de um curso de bacharelado em Teologia nem de um Instituto Bíblico, não confere diplomas, nem faz seleção ou provas de qualquer espécie. Apenas irmãos que se reúnem sob a liderança do Prof. Martorelli Dantas para compartilhar sobre pregação e pregadores.

Para participar dos encontros da Escola de Pregadores não há necessidade de inscrições prévias nem o pagamento de nenhum tipo de taxa ou mensalidade. Os encontros são informais e voluntários. Além das palestras e leituras de textos selecionados, serão exibidos vídeos com pregações ministradas por irmãos em Cristo de diferentes denominações com o objetivo de analisá-las e aprender com as virtudes e eventuais “defeitos” que encontrarmos em cada pregação. O desejo é que os participantes do curso, gradualmente, possam ir vencendo qualquer tipo de inibição e se tornem, efetivamente, pregadores do Evangelho.

SERVIÇO:

Escola de Pregadores

Dia: Toda segunda-feira

Hora: 20h

Local: Casa do Pastor Martorelli

 

Programa da Escola de Pregadores

  1. Conceito, essência e objetivo da pregação cristã
  2. Bases da pregação cristã
  3. Formas clássicas de pregação
  4. Elementos essenciais da pregação – visão panorâmica
  5. Introdução – cativando a atenção dos ouvintes
  6. Elucidação – convidando a atenção para o texto bíblico
  7. Tema – idéia central a ser comunicada
  8. Desenvolvimento – corpo da mensagem e argumentação e favor do tema
  9. Conclusão – fechando com chave de ouro
  10. Aplicação – convite a uma tomada de posição ante a mensagem
  11. Modos de avaliação do desenvolvimento do pregador
  12. Tentações na vida do pregador – visão panorâmica
  13. Pregação e o cinismo
  14. Pregação e o mecanicismo
  15. Pregação e a mensagem que vida agradar ao público
  16. Pregação exclusivamente de denúncia
  17. Pregação capuz
  18. Pregação e o mimetismo
  19. Pregação e uma vida sem oração
  20. Compartilhando o que Deus tem lhe falado com o maior número de pessoas
  21. Mantendo a pregação nos limites da revelação do Evangelho

maio 8, 2008

MATERNIDADE: A UNIVERSAL CAPACIDADE DE SER MÃE

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 9:08 pm

Foto: Fabiano Marques

 

Em seu mais recente CD, intitulado “Cê”, na canção “Homem”, Caetano Veloso diz: “Não tenho inveja da maternidade, nem da lactação”. Será? Não será verdade que todo homem guarda, ainda que dissimuladamente, dentro de si um desejo de ser terra sobre a qual a semente (semen em latim e spermatikon em grego) morra pra renascer planta? Não angustia ao gênero de Adão a esterilidade absoluta de seu ventre, essa completa incapacidade de lançar de si no mundo algo gestado em suas entranhas? Não me qualifico para responder a estas perguntas, posto que nada sei dos anseios alheios, mas reconheço em mim uma veneração quase que religiosa pela sublime potência de ser mãe. Isto sem ignorar que há indelével dor nesta graça.

 

Ninguém será mãe sem sofrer. E aqui a referência não é à maldição de Gênesis 3:16 (“em meio de dores darás à luz filhos”) – quem dera que o sofrimento materno se limitasse ao desconforto da parturiente – mas tenho em vista o lancinante flagelo de ver o desassossego daquele que até pouco tempo era como órgão em seu próprio corpo e agora chora e clama por um pouco de ar, por uma gota de leite (viço que não é tolo pra correr em masculino corpo), um colo que lhe acolha e aqueça. Que ser dependente é o humano ao nascer! Carece em tudo dos cuidados da mãe. Sai de seu corpo, sem, contudo, poder dele prescindir. Torna-se “alter” (outro), sem se tornar “auto” (independente). E lá vai a mulher… a seguir seu filho por onde quer que vá.

 

Quando Jesus contou a estória do Filho Pródigo, colocou um pai a deixar seu filho partir para terras distantes, uma vez que jamais uma mãe poderia caber no script do ser frio que divide os haveres; que aceita, sem contestação, a filial petição. Mas quando volta o arrependido, já não é um pai quem o espera, antes, é uma mãe. Porque esse negócio de correr, abraçar comovidamente, restituir honras sem exigir explicações, não corresponde ao pátrio poder, mas ao mátrio sofrer. Se me permitirem a grosseria os irmãos teólogos, é como se o pai que deixa partir fosse o Deus do Antigo Testamento e o que recebe e acolhe fosse Aquele revelado por Jesus e descrito no Novo Testamento. O primeiro lida com os direitos do descendente, o segundo com a graça do recorrente. Conquanto, entenda eu, que nem antes nem depois tivesse o que ‘haver’ (no sentido de receber) quem quer partir.

 

Mas tenho uma boa notícia para todos os leitores deste nosso humilde periódico: hoje todos podem ser mãe. Não esperem que lhes fale das mais recentes descobertas das ciências, nem de decisões judiciais que permitam a adoção às pessoas que antes se viam impedidas de fazê-lo. Quero lhes falar da ‘Materna Idade’, que vem a ser a universal capacidade de ter filhos. Acredito que todo ser humano chega, ou pode chegar, a uma época em sua vida em que desenvolve a virtude de ‘dar à luz’. Em outras palavras, lhe sobrevém uma maturidade a partir da qual não lhe é mais necessário que todas as coisas convirjam para seu umbigo, como se fosse ele o centro de todo o kósmos (isso é ser criança). Chega um tempo, ou deve chegar, em que alcançamos a grandeza de nos realizar alimentando outros, iluminando (dando luz) os circunstantes, multiplicando nossas vidas através da auto-doação.

 

Isso não tem a ver com ser homem ou mulher, nem com ser jovem ou adulto. Muito menos está condicionado a ser ou não cristão. A Materna Idade é a busca dos monges budistas e dos yogues indianos, do nirvana à extática experiência (vivência do êxtase). O que estou afirmando é que está impresso no psiquê humano um ciclo que pode e deve ser seguido, no qual nascemos crianças, nos tornamos homens e mulheres e depois viramos mães. As fases deste processo se expressam na decrescente necessidade da umbigalidade (neologismo já conhecido dos irmãos, no qual me refiro a esta compulsão a fazer de si mesmo o epicentro de tudo). É verdade, lamentavelmente, que muitos morrem velhos sem nunca deixar de ser criança.

 

Nunca ouvi frase mais patética do que esta: “quero ser uma eterna criança”. É como se alguém dissesse: quero depender sempre dos outros; quero ser cuidado e paparicado por toda vida; quero que haja sempre pessoas pra me limpar e limpar as “contribuições” que for deixando pelo mundo. Paciência! Tais quereres precisam ser trocados por outros, tais como: quero que de mim saia sempre vida e nunca morte, quero que do meu peito corra alimento generoso e claro; quero ser todo colo (do latim collum, lugar em que pulsa o coração)… quero ser mãe.

 

Com maternal carinho,

 

Martorelli Dantas

abril 30, 2008

CONTE COMIGO!

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 5:12 pm

Foto: Fernanda Fronza

 

Sempre fui um defensor da edição da Bíblia na Linguagem de Hoje. Desde a década de 80 quando ela foi lançada eu sempre fiz uso dela e a recomendei aos meus alunos e paroquianos. Isso não apenas porque o seu vocabulário é mais fácil e simples, mas também porque esta tradução da Bíblia é confiável e de excelente qualidade. Com tudo, uma das suas maiores virtudes é a construção poética que nela encontramos.  Um exemplo disso está na tradução do texto do Evangelho de Marcos, capítulo 5, versículo 36. As traduções antigas trazem algo mais ou menos assim: “não temas, crê somente”, a tradução na Linguagem de Hoje diz “não tenha medo, tenha fé”. A forma direta e contundente de se dizer isso, naquele contexto de drama e dor, amplia a beleza e o poder das palavras de Jesus àquele pai angustiado.

 

É por esta razão que muitas vezes eu me pergunto como Jesus diria uma determinada frase se estivesse hoje conosco. Um dos versículos que me são mais caros no Novo Testamento é a promessa do Mestre “eis que Eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. Como será que Ele diria isso hoje? Creio que seria algo simples e poderoso como “conte Comigo”; “conte Comigo aconteça o que acontecer, em todos os dias da sua vida”; “conte Comigo na alegria e na dor, na vida e na morte, na sorte e na desventura”, simplesmente “conte Comigo.”.

       

Vivemos em um mundo em que cada pessoa conta só consigo. Nunca estivemos tão sós. Nunca o individualismo foi uma categoria de pensamento tão predominante. Todos os dias eu me policio para que os meus planos para o futuro não sejam só para mim, que eles incluam minha esposa, meus filhos, meus irmãos e amigos, mas é como se eu tivesse que lutar com uma força que habita em mim e que constantemente me convida para pilotar o meu avião-caça, cuja cabine cabe só a mim e cujo plano de vôo interessa somente a mim. Precisamos que o Espírito continue operando em nós a sua obra de conversão e de transformação, desta feita fazendo com que nos voltemos para fora de nós mesmos, capazes de sincera e profundamente nos preocuparmos com os outros, seus medos e necessidades, desilhando o nosso coração para transformá-lo em um continente de solidariedade e amor.

       

A verdade é que não precisamos fazer muito, não precisamos transformar as nossas casas em abrigos para idosos, abrir uma creche e nela acolher todas as crianças carentes da vizinhança ou deixar os nossos empregos para nos dedicarmos à recuperação de drogados ou de crianças com câncer. Tudo isso é necessários e extraordinariamente meritoso, mas não é pra todo mundo, nem mesmo para todos os cristãos. Bastaria que nos dispuséssemos a algo mais simples, mais imediato, mais acessível a qualquer um… dizer às pessoas que estão próximas a nós, que estão abatidas, tristes, ou desesperadas a divina frase “conte comigo”. Qualquer um pode dizê-la e todos nós precisamos ouvi-la. Não há ninguém neste mundo que não seria mais feliz se soubesse que, de fato, tem com quem contar.

       

Tenho a impressão que aí está a cura para todos os males, para as mais graves mazelas da sociedade contemporânea, mais relevante que a cura da AIDS e dos tumores malignos, capaz de promover a paz no Oriente Médio, aplacar a fome na África e por um fim às favelas da América Latina. Creio que o mundo precisa urgentemente (re)descobrir o poder que tem o “conte comigo”, como expressão de solidariedade, de amor, de respeito, de compreensão. Quem sabe este movimento poderia começar aqui e agora, comigo e com você levantando-nos e dizendo com verdade e carinho às pessoas que estão à nossa volta “conte comigo”. É possível que não víssemos todos os males do mundo sendo resolvidos diante de nós no momento em que terminássemos de pronunciar a frase, mas ali diante dos nossos olhos, ao alcance de nossas mãos, estaria uma pessoa mais feliz. Além disso, do lado de cá da relação estaria alguém que, finalmente, estaria seguindo os passos de Jesus, vivendo como Ele viveu, tratando as pessoas como Ele tratou.

        

Termino este texto lembrando a você que o Rabino da Galiléia nos fez uma promessa e as Suas promessas são verdadeiras. Se você estiver se sentindo triste e só, sem esperanças ou forças, cansado demais para continuar tentando ser feliz, creia que Ele está ao seu lado sussurrando aos seus ouvidos – “conte Comigo!”.

 

        Conte sempre comigo,

 

Martorelli Dantas

           martorelli@martorelli.org

abril 25, 2008

HAVERÁ TEMPOS EM QUE AQUELE QUE VOS PERSEGUIR PENSARÁ QUE ASSIM ESTARÁ PRESTANDO CULTO A DEUS – JESUS

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 4:32 pm

Foto: 7knelas

 

Amontoam-se aqui em meu e-mail tanto quanto são passiveis de encontro na estrada, centenas de pessoas que me dizem que em razão do Evangelho que agora entendem ou começam a entender, estão sendo perseguidas. Toda hora alguém me escreve falando que chegou desconfiado aqui no site, e que, devagar, lendo, a Palavra venceu o preconceito, e o coração se abriu.

 

A questão é que depois que se encontra o Evangelho de Jesus [e não a “montagem” da “igreja”], nada mais é o mesmo e ninguém mais consegue ver como fazendo qualquer sentido aquilo que antes via e com o que se iludia.

 

Sim! É como Paulo diz usando palavras gregas ou imagens especiais:

 

É como a criação da Luz nas trevas — conforme o Gênesis. “De trevas resplandeceu luz!” É como o arrebentar de uma represa de contenção do Rio da Vida — conforme ele escreve a Tito. “Transbordou a Graça de Deus!” É como ser tirado à força do ventre no qual se estava em sofrimento, sem poder nascer — conforme Paulo diz aos Coríntios. “Depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo”. É como tirar a Lázaro da tumba — conforme o apostolo disse aos Efésios. “Desperta ó tu que dormes! Levanta-te de entre os mortos! Cristo te iluminará!”

 

O fato é que depois de ser genuinamente iluminado pela Palavra, ninguém mais consegue olhar as coisas da existência e, com elas, as da “igreja”, do mesmo modo; pois, agora, tudo se torna novo em nossa percepção. Para quem se sentia convertido é algo como uma conversão dentro da conversão; o que é um milagre muito maior. Entretanto, não há dúvidas quanto ao fato que muita gente boa de Deus vem sendo maltratada pela “igreja” em razão de terem crido na Palavra de Jesus.

 

São tribunais religiosos, ou reuniões formais de exame da fé da pessoa, ou mesmo um convite solene a que a pessoa se retire. Então, os que antes eram amigos, agora passam pela pessoa e nem mais a cumprimentam; e se a vêem na rua, atravessam para a outra calçada. Semana passada na “Caminhada Paulista” encontrei também vários que me contaram como até os pais, irmãos, avós e parentes pararam de receber a pessoa em razão do Evangelho.

 

Sim! Gente de “igreja” odiando um familiar em razão de que a pessoa apenas confessa que o Evangelho é como é, e não como vem sendo ensinado pelos mestres do engano ou da manipulação. E quando a família da pessoa é parte da “liderança da igreja”, é muito pior ainda; pois, os familiares, além de que julgam que o membro da família está desviado, ainda mais o julgam por esse desvio ter se dado junto a mim.

 

Jesus disse que quem é Dele ouve a Sua voz! Assim, a questão é apenas acerca de quem ouve e quem não ouve a Sua voz na Palavra! Digo isto em razão de que grande é o poder que a religião tem de provocar lavagens tão profundas que muita gente fica impedida de ver o sol, a luz, o esplendorosamente óbvio.

 

Aos perseguidores digo:

 

Tomem cuidado! Vocês estão oprimindo ovelhas de Jesus! Que nenhum de vocês seja encontrado lutando contra o Espírito de Deus!

 

Aos perseguidos digo:

 

Fiquem firmes. Sofrimentos como os de vocês têm sido experimentados por muitos que desejaram servir a Deus em liberdade de consciência em Cristo! Assim, não desistam e nem se intimidem; pois, a Promessa do Senhor é a de que Ele mesmo nos dará o que dizer e como dizer nas horas de tais opressões.

 

Desse modo, quero apenas registrar a tantos quantos no dia de hoje sintam-se assim, que não estão sós; e que estamos juntos, levando para fora do arraial o vitupério de Seu Evangelho.

 

Nele, em Quem saímos do “acampamento” e do “tabernáculo” da religião a fim de O servirmos em liberdade de consciência,

 

 

Caio Fábio

abril 16, 2008

COMO UMA VIDA ESPIRITUALIZADA PODE AJUDAR A SUA CARREIRA PROFISSIONAL

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 11:12 pm

 

Todos os seres humanos são providos de espiritualidade, bem como de emocionalidade e corporalidade. Negar isso em nossos dias é como deixar de reconhecer que há sol, lua e estrelas no firmamento ou que há os mares, a superfície e a atmosfera na Terra. Como nos exemplos dados, o espírito, a mente e o corpo, mesmo estando intimamente ligados, são diferentes e separados entre si. O corpo é a parte mais evidente do nosso ser e é através dele que temos contato com todas as realidades que nos cercam. É o nosso portal de acesso à vida e, por isso mesmo, digno de cuidados e de honras. A mente, sede de nossas emoções (chamada de psiquê ou alma pelos gregos), é a dimensão do nosso ser que transforma as informações recebidas pelos sentidos em emoções, e estas, por sua vez, nos impulsionam a agir ou recuar diante das situações concretas da existência. Sim, mas o que é o espírito?

 

O espírito é o elemento de equilíbrio entre estas duas dimensões do ser anteriormente explicitadas. É o elo de comunicação superior entre os seres vivos, um construtor de pontes entre tudo quanto espiritualmente existe, fazendo com que deles nos aproximemos ou afastemos. O espírito não pode ser reduzido em termos racionais ou lógicos, porque gravita numa esfera superior a estas habilidades. Por esta razão que nos afeiçoamos de determinadas pessoas ou as rejeitamos sem sequer conhecê-las; que pais e filhos estão continuamente ligados mesmo separados por quilômetros de distância; que há pessoas que alegram o ambiente quando chegam, enquanto outras trazem consigo um peso inexplicável, como se lançassem uma sombra sobre tudo o que tocam ou falam.

 

Na década de 90 um psicólogo da Universidade de Harvard, Daniel Goleman, publicou um livro que trouxe uma nova compreensão das relações humanas, com grande impacto sobre a gestão de carreiras e seleção de pessoal. Estou me referindo à obra intitulada Inteligência Emocional. Nela Goleman afirma que mais importante que o coeficiente de inteligência (o nosso conhecido QI), que mede a capacidade de processar informações e resolver problemas lógicos, existe um índice que trata da capacidade de enfrentar problemas como pressão, estresse, angústias e medos, este seria o coeficiente de inteligência emocional. A conclusão a que muitos chegaram desde então é que empresas não precisam tanto de gênios do xadrez ou brilhantes matemáticos, mas, especialmente nas posições de comércio, recursos humanos e marketing, de pessoas equilibradas, capazes de trabalhar em equipe e que contribuam para a solução de crises quando, eventualmente, estas se instalarem.

 

Seguindo este princípio, creio que seria conveniente falarmos também de Inteligência Espiritual, ou seja, a capacidade de estabelecer um nível de comunicação consigo e com as pessoas que estão ao nosso redor que transcenda a razão e que ajude o próprio universo emocional a se manter centrado. Recentemente os psicólogos vêm chamando a nossa atenção para o que eles chamam de capacidade de resiliência, expressão que vem da física e define a capacidade dos materiais de resistirem a impactos e pressões sem se deixarem deformar, partir ou quebrar. Esta é uma capacidade mais que emocional, creio eu, posto que é uma característica de gestão do próprio mundo emocional, mas que escapa a este. Em minha opinião a resiliência nos seres humanos é uma força do espírito, assim como o é o empreendedorismo e a determinação. Estes são alimentados pela fé que é a capacidade de ver o que não há e de saber, ainda que não haja motivos lógicos que fundamentem esta ciência, que a vitória virá.

 

Um dos mais recentes livros do guru americano em administração de empresas e carreiras Stephen Covey, chama-se O Oitavo Hábito, é uma espécie de continuação do best-seller Sete Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes. Nele Covey acrescenta aos hábitos emocionais e operacionais que havia elencado em sua obra anterior a capacidade de ouvir a sua voz interior. Este seria, segundo ele, o oitavo hábito. Mas que voz é esta que fala em nosso interior? É a voz do espírito. Não apenas ser capaz de ouvir a voz que fala em nós, mas também a que fala dentro das pessoas que caminham conosco (discernir espíritos, para usar uma expressão bíblica) é um diferencial profissional significativo.

 

A pergunta é como se pode desenvolver tal capacidade? Em primeiro lugar, é necessário que nos saibamos seres espirituais, que tudo em nós não se resume a corpo e emoções. Depois, é preciso que vejamos a habilidade de nos encontrarmos espiritualmente como algo a ser desenvolvido, tal qual a de falar outros idiomas ou de dominar novas tecnologias. Drummond, o poeta mineiro, foi quem disse que depois do homem realizar muitas viagens intergalácticas e cibernéticas restará a ele a “dangerosíssima* viagem de si a si mesmo, por o pé no chão do seu coração… estará ele preparado?”. Este é, como o são os oceanos, um universo próximo, mas ainda desconhecido para a maioria de nós.

 

Com carinho,

 

Martorelli Dantas

 

   martorelli@martorelli.org   

  

 

* “dangerosíssima” é uma expressão inventada pelo poeta (um neologismo), uma brincadeira com a palavra inglesa danger, que significa perigoso. Assim dangerosíssima significaria perigosíssima ou dificílima viagem.

abril 10, 2008

UM EVANGELHO ANTIGO E DESCONHECIDO

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 12:54 am

Foto: Carmício

 

Desde que Jesus começou o seu ministério terreno, há aproximadamente dois mil anos, que as boas novas que são o Evangelho têm sido anunciadas pelo mundo. O Mestre caminhou por aldeias e cidade sempre pregando a mesma verdade, que Deus é Pai e ama a todos os homens; que devemos nos respeitar e perdoar mutuamente; que a única via para a Vida Eterna é o amor. Seus discípulos registraram o seu ensino nos livros do Novo Testamento e nos legaram este inesgotável manancial de esperança e paz que são as palavras do Salvador. Estas e não outras devem ser para os cristãos norte e prumo.

 

Durante o seu ministério terreno Jesus enfrentou severa oposição dos religiosos judeus, que eram, em sua grande maioria, legalistas e intolerantes para com as fraquezas dos homens e a natural diversidade de modelos de moralidade e de opiniões. Infelizmente não demorou muito para que o próprio movimento iniciado por Cristo fosse invadido e quase que tomado completamente pelo espírito contra o qual seu fundador tanto lutara e com poderosas palavras condenara e resistira. Como ironicamente disse Nietzsche, os fariseus não apenas crucificaram e mataram a Jesus, lhe impingiram a mais cruel das torturas, tomaram a sua igreja.

 

Os dois grandes ramos do cristianismo presentes no Brasil, o católico e o evangélico, salvas nobres exceções, estão marcados por esse acento legalista e moralista. Pior, eles carregam um claríssimo sentimento de exclusivismo que certamente tem feito Jesus chorar e, se fosse o caso, se perguntar “onde foi que eu errei?”. O fato que me parece evidente é que não encontramos com facilidade no amontoado de templos que abundam em nossas cidades, as marcas essenciais do evangelho gracioso e inclusivista que Jesus pregou. Que não apenas aceita Zaqueu, vai à sua procura; que se nega a julgar a mulher que foi pega em flagrante adultério e que comissiona para ser seu mensageiro um homem de quem acabara de expelir uma legião de demônios.

 

O que queremos aqui não é realizar mais um inócuo exercício de constatação do óbvio, de afirmação de verdades que qualquer pessoa um pouco mais sensível é capaz de constatar sem maior esforço. Queremos afirmar que a nossa Comunidade está comprometida com o Antigo Evangelho e não com as morais da moda de hoje ou de ontem. Que fomos chamados para resgatar as pessoas do único inferno que conhecemos, que é o estado de rebeldia e alienação em relação a Deus; que anunciamos este convite absurdamente aberto e amplo para que todas as pessoas se aproximem dAquele que é só amor, misericórdia e graça. Amigos, a justiça de Deus é a cruz de Cristo.

 

Somos uma comunidade de pecadores, liderada por pecadores e que convida pecadores para viverem a graça e a misericórdia dAquele que nos justificou morrendo por nós na cruz do Calvário. Aqui buscaremos libertação dos vícios e pecados que todos nós carregamos, mas não o faremos nos julgando mutuamente, mas nos ajudando e compreendendo. Somos e seremos tolerantes uns com os outros porque é assim que Deus é para com todos. Aqui ninguém será expulso ou afastado da comunhão (excomungado) porque é exatamente para lutar contra isso que existimos, para “desexcomugar” os seres humanos e trazê-los para bem perto de Deus. Por isso e para isso dedicaremos as nossas vidas.

 

Creio que um grande número de pessoas não tem tido acesso a esse Antigo Evangelho, razão pela qual ele continua desconhecido. Imagino que as pessoas têm sido apresentadas à mensagem do Evangelho como eu mesmo fui. Disseram-me: “se você quiser ser filho de Deus você precisa cortar o cabelo, parar de dançar e de sair com seus amigos. Precisa se dedicar a uma vida de abstinência dos prazeres mundanos e buscar a santidade”. O que não foram capazes de me dizer é que eu não preciso fazer nada para ser filho de Deus, como nada precisei fazer para ser filho de Hélio e de Lúcia, eu nasci assim e recebi de graça o amor deles em meu favor. Que a verdadeira santidade que agrada a Deus é aquela que se manifesta quando eu vivo na companhia de meus irmãos e amigos, servindo a eles como mão amiga de Deus em seu favor. Que, nas palavras de São Tiago, a verdadeira religião é esta: socorrer os órfãos e viúvas nas suas necessidades. Que há prazeres que são dons de Deus e há outros que nos afastam dele e de nossos irmãos, como o gozo de se sentir melhor e maior do que as demais pessoas, de se sentir superior em relação aos demais pecadores. Tudo vaidade, nada mais que vaidade. Paz e Bem!

 

  

Com carinho,

 

 

Martorelli Dantas

 

martorelli@martorelli.org

abril 1, 2008

EXORCIZANDO FANTASMAS OU APRENDENDO A VIVER COM ELES?

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 11:51 pm

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Foto: Decaboy 

Uma das melhores cenas do clássico El Cid, estrelado por Sophia Loren e Charlton Heston na década de 60, é aquela que se dá na mesa do jantar da noite de núpcias. A bela Gimene (personagem de Loren) diz ao seu esposo, Rodrigo (Heston) que precisa lhe contar um segredo, algo que ele deveria saber antes de consumarem o casamento. Argumenta ela que não deve haver segredos entre marido e mulher. Já imaginando o que seria e querendo evitar que a sua amada noiva passasse por um grave constrangimento confessando o que fizera, Rodrigo diz que mesmo entre marido e mulher, às vezes, importa que haja segredos. Insistindo na confissão, Gimene afirma que aquilo que não é dito, que é mantido escondido entre um casal, se transforma num fantasma a assombrar a relação. É aí que o noivo, compreensivo e amoroso, diz: “essa casa é grande, temos lugar para uns poucos fantasmas”.  

A questão que me proponho a tratar neste artigo é a seguinte: será que devemos mesmo dizer tudo o que fizemos ao nosso cônjuge ou amigos? Em outras palavras, será que é melhor contar todos os detalhes de nosso passado ou esconder alguns fatos que podem enodoar a nossa imagem e prejudicar a relação? Este não é um assunto simples e eu não quero abordá-lo de modo irresponsável. Por esta razão não tome o texto como uma ordem ou um mandamento. Siga sempre o que a sua consciência disser e faça isso com amor e sabedoria. Mas creio que algumas considerações podem ser úteis àqueles que, ainda jovens, querem construir relacionamentos sadios, francos e equilibrados.  

Minha primeira observação é a de que ser sincero não é dizer tudo o que pensa ou sente. Muitas vezes isso é irresponsabilidade. Sincera (do latim sinecerum = sem máscaras de cera) é aquela pessoa que só fala o que pensa e sente, não aquela que fala tudo o que pensa e sente. A diferença é brutal e significativa. Muitos dos pensamentos e sentimentos que nos ocorrem precisam ser peneirados, pesados, avaliados, amadurecidos e isso, via de regra, leva tempo. É fundamental que nos perguntemos se aquilo que estamos animados a dizer vai ajudar a relação, será edificante e construtivo, caso contrário, qual a utilidade de falar? Cada um de nós tem coisas boas e ruins dentro de si, precisamos escolher com cuidado o que vamos retirar lá de dentro para oferecer às pessoas que estão ao nosso redor. 

Jesus ensinou que o que contamina o homem não é o que ele come ou bebe, mas o que ele diz, porque sai de seu coração, e se transforma em comunicação, em laços que nos unem a outras pessoas e que findam por alimentar a nossa própria personalidade, delineando a nossa imagem e influência. De algum modo, ainda parcialmente misterioso para mim, o Mestre está nos dizendo que nos transformamos não naquilo que pensamos e sentimos, mas naquilo que falamos. E, obviamente, ele não estava preocupado somente com o que as pessoas vão pensar de nós, mas naquilo que efetivamente somos para nós mesmos. Nas suas palavras: “é aquilo que sai da boca do homem que o contamina, porque procede do coração” e em outra passagem ensina: “a boca fala do que está cheio o coração”. Há entre o coração e a boca um processo de mútua alimentação, de modo que a boca deixa vazar o que vem do coração e aquilo que me escapa pela boca enche ainda mais o meu coração. 

Fatos e acontecimentos de nossas vidas são como roupas que compramos e usamos. Algumas queremos que permaneçam conosco, estas devem ser exibidas e discutidas. Outras nos envergonham e nos fazem pensar: “como eu tive coragem de usar uma coisa dessas?”. Nestes casos o melhor é jogá-las fora e não permitir que ninguém as veja. Fazendo assim, corre-se o risco de que apareça alguém com uma foto do carnaval de 1972, quando você saiu de baiana nas Virgens de Olinda, mas esse é um risco calculado que, por vezes, é melhor correr. Deixar que a pessoa nos conheça tem a ver com o presente mais do que com o passado. Está relacionado a permitir que o outro veja o nosso coração, aquilo que amamos e tememos, nossos sonhos e projetos de vida. Não é necessário que as pessoas sejam capazes de reconstituir os fatos que deram origem a cada uma das cicatrizes que eu trago no corpo. Nem eu mesmo sou capaz de fazer isso com perfeição, quanto mais as pessoas que andam perto de mim. 

Eu não vou lhes contar o que Gimene fez de tão grave, nem tirarei o prazer de vocês saberem por si mesmos se ela chegou ou não a confessar o seu ato a Rodrigo, mas lendo o que leram até aqui já deu para notar que, como ele, eu não vejo mal nenhum em uns poucos fantasmas. Mas leve uma coisa em consideração, se a roupa está no baú que você pretende levar para nova casa é melhor você falar dela, porque se ela vai ter mesmo que saber é preferível que seja por você. Isso lhe dará a oportunidade de colocar os fatos em seu real contexto e conferirá a você o benefício emocional de estar tomando a iniciativa de contar. Pese o custo emocional disso. Avalie se este fato encoberto vai ficar constantemente ameaçando vir a tona, nestes casos é melhor se livrar do malassombro e vivenciar a dor de expor o que lhe constrange. Quem escuta deve lembrar que tem também muitas “roupas envergonhantes” e que não é sábio “o sujo falar do mal lavado”. 

Por fim, resta dizer que sem perdão, compreensão e graça toda relação está fadada a ser de desgaste e opressão. Todos nós precisamos aprender a nos perdoar e compreender, bem como a perdoar e compreender o nosso semelhante. Pai “perdoa as nossas ofensas, assim como temos perdoado a quem nos tem ofendido”… foi assim que Jesus nos ensinou a orar, agora só falta aprendermos a viver. 

Com carinho,             

Martorelli Dantas     

martorelli@martorelli.org

março 31, 2008

CASAMENTO – FÁBIO E ERICKA

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 1:01 am

Duante o culto realizado na última quinta-feira (27), no Imperial Suítes, foi celebrado o casamento de Fábio Kabbaz e Ericka Correia. Um momento de felicidade que estava estampado no semblante dos noivos.

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março 29, 2008

TEMPUS FUGIT: A ARTE DE SABER VIVER

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 3:28 pm

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Foto: IaMiky

Em muitas casas, no passado, havia um móvel cuja função era ser um guardião do tempo, refiro-me aos relógios de carrilhão, capazes de marcar as horas com seu canto de passagem e até mesmo os minutos com um tic-tac tão sonoro que se podia ouvir durante todo o dia, particularmente no silêncio da noite. Um antigo mestre, Rubem Alves, costuma dizer que estes relógios, bem como todos os demais, falam conosco, dizem: tempus fugit, o tempo foge, escoa, escapa por entre os nossos dedos. Quanto mais eu vivo, mais me convenço de que isto é verdade.

Posso dividir a minha vida em duas fases: a primeira, em que as pessoas me diziam: “você é novo demais pra isso…” e a segunda, em que elas me dizem: “você não vê que já está velho demais pra isso…”. Aí não há como evitar que bata uma angústia. Será que nunca estamos prontos para os desafios da vida? Será que haverá sempre uma inadequação entre a maturidade/capacidade que as pessoas percebem em nós e aquilo que a vida demanda?

Eu, de minha parte, jamais liguei para estes “alertas”. Aprendi que eu estou no ponto para viver o dia de hoje! Fiz sempre o que as pessoas não queriam que eu fizesse por ser novo demais e almejo, um dia, me tornar um velho que escandalize até mesmo os meus melhores amigos, fazendo o que não se faz em “certas idades”. O meu compromisso é com a vida e não com a conveniência; com a verdade que se coloca diante dos meus olhos e não com o consenso; com o amor ao próximo e não com o aplauso do próximo. Não quero ser coerente, eu não posso ser.

Eu nasci do ventre de minha mãe sozinho e um dia partirei para o ventre da mãe-terra igualmente só, portanto levo a vida com os outros e não para os outros. Quero expressar respeito e carinho, mas não submissão e passividade. Não exijo que ninguém ande comigo, nem que concorde com o meu modo de caminhar. Peço apenas que me respeitem e que me compreendam como um homem fazendo escolhas, as suas escolhas, que é o único modo de se viver.

O Senhor me ensinou que a melhor maneira de existir é viver plenamente este fugidio momento que se chama presente, o dia de hoje. O presente é um presente de um Deus presente. Eu preciso torná-lo único, especial, memorável. Para isso, faz-se necessário que eu me desvencilhe do passado. Quero olhar para trás sem mágoas e ressentimentos. Distribuo prodigamente o perdão, a minha “luta não é contra a carne e contra o sangue”, não é contra as pessoas, mas contra idéias, posturas, atitudes e estas foram já não são. Não há porque lutar hoje contra o que só existiu ontem.

Também não sou um cruzado, empreendendo “guerras santas”. Deus cuida de si e do que é seu. Se a terra é santa, o é porque Ele a guarda, não eu. A única terra sacrossanta que me foi confiada é o meu próprio coração. Que nele não habitem os ídolos da vaidade, da arrogância, da auto-suficiência; que nele não se erijam altares para a ilusão das riquezas, à opulência mentirosa dos títulos e patentes, à maligna petulância piegas que despreza o abraço e o sorriso.

Até hoje nunca vi um soldado-raso prestando continência pra túmulo de general. Os mais belos, os mais sábios, os mais fortes, os mais ricos, os mais virtuosos entre nós, cedo ou tarde, vão virar refeição de tapuru. Mas também não me preocupo com eles. Que esperem muito por mim, porque hoje estou ocupadíssimo vivendo. Quero amar minha mulher debaixo dos nossos lençóis, viajar com meu filho, dançar uma valsa com minha filha, sorrir muito de estórias idiotas com meus amigos, chorar lendo um poema de Drummond, rever velhos filmes, ouvir Chico e quedar-me silencioso ante a beleza inexprimível de um crepúsculo no sertão. Isto é vida, o resto são coisas que fazemos enquanto estas não vêm.

Também aprendi a arte de travestir de prazer tudo que se chama obrigação. Quando os professores exigem que leia pilhas de textos sobre assuntos desinteressantes. Eu brinco com os livros, rio deles, chamo-os para passear comigo. Às vezes penso que sou capaz de me divertir lendo até lista telefônica. Nada é impossível pra quem tomou a decisão de rir, sobretudo de si mesmo e de suas inúteis e efêmeras construções. Quando estou preparando um sermão ou escrevendo um texto como este, não penso nas transformações que eles podem promover na vida das pessoas. Sinto a alegria terna e simples de fazer, de pré-parar, como uma mulher que sente tanto prazer em se vestir para o amor como em amar propriamente.

Também aprendi a fazer do futuro o meu melhor amigo. Quando penso sobre ele só vejo coisas boas. Não antevejo nem a ruína nem a dor. Se estas me sobrevierem me tomarão de surpresa. Quero que seja assim. Não vou, como já vi muitos, me preparar para o que não quero viver, pois fazê-lo seria um modo de lhe invocar. Ansiedade não é pensar no futuro, é sofrer com o futuro, mas o meu futuro não me faz sofrer, posto que é meu amigo. No futuro eu sou sábio e magro, amado e amante, mestre e aprendiz. Não sou rico, porque ser rico dá muito trabalho.

No futuro eu morro, que morrer não é ruim, é só uma viagem que nos “convidam” a fazer antes da hora, e eu embarco em sua nau cheio de curiosidade. Deixo pra trás meus amigos e inimigos chorando, estes por nunca terem me pegado, aqueles por nunca terem me perdido.

Com carinho,

Martorelli Dantas

martorelli@martorelli.org

Publicado originalmente no boletim da Paróquia da Reconciliação, no longínquo ano de 2005. Naquela época eu já era quem sou, mas nem eu nem muitas das pessoas que estavam ao meu lado sabíamos.

Filed under: Uncategorized — comuncrista @ 12:04 am

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